sexta-feira, 31 de maio de 2013

Onde está o amor?


Preciso de amor
Como de água cristalina.
E onde encontro aquele amor incondicional?
Aquele amor que me salvará de mim?
Que purificará a minha alma?
Que, correndo nas minhas veias,
Atingirá meus dedos
E pingará em outras mãos?
Aquele amor que vence distâncias
À procura do sonho escondido nas palavras?
Aquele amor que atravessa o silêncio
E bafeja a poesia do encantamento?
Aquele amor que grita no peito do poeta
E o leva a devaneios febris?
Aquele amor que vem com a brisa da primavera
Na cadência do voo da borboleta?
Aquele amor inigualável,
Que, abrindo portas impenetráveis,
Iluminará o mais ignoto de mim
E se perpetuará no tempo?


Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

3 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

Que pergunta difícil! Eu não sei onde encontrar este amor, mas que ele existe, existe.
Abraço. Jorge

renate gigel disse...

Pode ser a eterna procura................
re

Anônimo disse...

Mardilê, querida, mais um belo poema livre seu, este, especialmente romântico pq nos fala de amor.

Vejo o amor como sendo algo multifacetado. Esse algo é um sentimento, logo, fala por nós, de nós ou para nós.

O amor do qual vc fala existe, tb se esconde atrás de múltiplas faces e tb brinca de surpreender-lhe, ora num lugar, ora noutro.

Sim, porque, pelo que entendi, este amor por vc citado já esteve consigo em todos aqueles lugares aos quais vc se refere.

De qual vc teria gostado mais, me pergunto?

Só sei que ele ainda está bem vivo em seu coração, ou vc não teria tanta experiência ao falar de amor.

Gosto de pensar que ele pode, ainda, apresentar-se travestido de pura doçura qd olhamos para os nossos filhos ou nossos netos. Ou, ainda, estar instalado atrás do brilho do nosso olhar qd nos alegramos com todas as pessoas queridas ou mesmo todas aquelas coisas simples - como as sementes que plantamos, os bons livros que lemos, as palavras ou as artes às quais demos vida, etc. - que nos acompanham em nossa longa caminhada.

Esse, imagino, deve ser o amor que não tem rótulo mas tem um sentido, o de continuarmos acreditando na vida, malgrado precisarmos continuar enxergando tantas coisas que não combinam absolutamente com ele.

Um grde bj. Irany