sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O passado não se foi


O passado teima em se entremear com o presente.
Uma alameda por onde passo
É o caminho percorrido em sonhos fragmentados.
A casa antiga que surge à minha frente
É aquela que abriga atrás das janelas cerradas
A ventura de mãos protetoras e envolventes.
O lago que reflete nuvens errantes
É o espelho que revela a alma azul do céu.
Um sorriso no olhar transeunte
É felicidade que ocupa o lugar da dor.
Se o céu chora o desgosto de tanta desgraça,
Sou a menininha de pés descalços
Que se purifica nas gotas vítreas.
Se as aves fogem do frio,
À procura do calor do sol,
Voo com elas para o infinito
Que me acolhe, asilando as lembranças.



Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

2 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

Aqui eu aprendo poesia. Veja o final.
"Sou a menininha de pés descalço
Que se purifica nas gotas vítreas.
Se as aves fogem do frio,
À procura do calor do sol,
Voo com elas para o infinito
Que me acolhe, asilando as lembranças."

É aula ou não?
Abraço, amiga Mardilê

Soaroir de Campos disse...

Concordo com o Jorge. Sempre penso q passado é vestibular e lembranças a defesa de tese p o doutorado do futuro. Abrs e sucesso sempre.