sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Além da tempestade



Na escura noite, enquanto a chuva cai,
Palavras empolgam a minha mente,
Evoluem, vibram, e o verso vai
Para o espaço poético de repente.

Poeto para além da tempestade.
A poesia atravessa a escuridão
Atinge o silêncio, a imobilidade,
E explode, e ressoa na solidão.

Ao longe, insiste o lamento do vento,
Que carrega consigo as folhas mortas
Para além do universo em movimento,
Transpõe janelas, portas e comportas.

Em forma de canção parte de mim
O poema, que percorre as estrelas,
Levado pelo etéreo querubim,
Que passa por seu caminho sem vê-las.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Google


Um comentário:

Liz Rabello disse...

Gostei desta página. Parabéns!