sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Cantigas ao amanhecer



Pelo ar límpido da manhã,
Varam os gorjeios das aves
Em tons verdes de talismã.

O céu, fechado a sete chaves,
Abre-se ao som das cantigas,
Que se reproduzem suaves.

O sol cumpre já suas ligas
De luz para vencer a agrura
De dores por rixas antigas.

Pequenas traições sem cura
Buscam, na sacristia dos dias,
Refúgio de zona segura.

Ilusões girantes, nostálgicas,
Alimentam-se de prazeres.
Animados por mentes mágicas,

Belos cantos de alvoreceres.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

2 comentários:

Jorge Sader Filho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Sader Filho disse...

A incrível criatividade de Mardilê. Seus versos têm vida!
Abraço.