sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Fragmentos



Dissolvo-me em fragmentos
Que o vento dispersa
Pelo tempo, indisciplinadamente.
Ignoro onde paro.
Desconstruo-me...
Ofereço-me para a vida, sem sustos.
Cada pedaço de mim
Encontra-se com uma palavra
E formam versos
Que traçam caminhos de sonho.
Já não sou eu, mas aquela
Que voa como borboleta,
Que rola como lágrima,
Que acaricia rostos,
Que colhe alegrias,
Que abre pétalas vermelhas,
Que habita bosques mágicos,
Que o amor beija,
Transfigura
E desperta poesia.


Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: christianthsaddock.wordpress.com

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