sábado, 17 de março de 2018

Despedida




Meus olhos estão nublados,
Lágrimas rolam sem pejo.
São soluços encerrados.
Libertá-los eu desejo.

Meu coração não aprende.
Por uma paixão se rende,
Envolve-se com o duende.

Espero pelo prodígio
De minimizar-lhe a dor
Que lhe causou o agressor,
Sem precisar de litígio.

Inesperado desprezo
Apanha o indefeso,
Tonto coração. Tão preso!

Por que agitar sua vida,
Iludi-lo com as juras
E as palavras de branduras,
Se o fim era a despedida?

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: A Soma de Todos os Afetos



Teoria para escrever poemas como esse:
http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2015/06/canzoneto.html

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