sexta-feira, 25 de maio de 2018

Caminho de flores


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Ah! o perfume dos teus passos!
Poesia canta nos teus rastros.
Revigora-me o teu calor.
Não te ver é pesado fardo,
Falta-me oxigênio sem ti.
Tempo inesquecível vivi
No silêncio do teu fulgor.
Tanto minha alma desejou
Que, translúcido, apareceste.
Fantasia febril, mas leve.
Ah! o perfume dos teus passos!
Não te ver é pesado fardo.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Pinterest

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Abandonada



Perdi, sim perdi
Um grande amor
Que perdurou um longo tempo
Enclausurado nos labirintos
De um passado amortecido.
Bastaram algumas palavras
E ele, que dormia tranquilo
No meu coração, seu berço,
Despertou e bebeu cada frase tua.
Sonhou ouvir a declaração que permanecia
Descansada em seu pouso
Sem ousar alcançar
O limbo de ausência tão dolente,
Presente agora, não como o almejado,
Porque o impedem circunstâncias
Já concretizadas, impossíveis de romper.
Resta tão somente
O sabor doce-amargo deste amor
Que ora sinto unilateral
Não ouço mais sutis promessas
Ao som de envolventes canções
Nem me extasio
Com o desabrochar da rosa vermelha
Que inunda, sem piedade, de perfume
Este meu mundinho inodoro.
Encerro-te, de novo, amor,
No íntimo do meu eu
À espera que me reencontres,
Para alimentar minhas emoções,
Esquecida de toda e qualquer razão,
Sem refletir,
Sem querer explicar,
Sem me importar em compreender...
Simplesmente abandonada
No teu eu.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: Dreamstime


sábado, 12 de maio de 2018

Para minha Mãe

Este poema é um indriso, Para saber mais sobre esta composição literária, acesse:

http://comocriarpoemas.blogspot.com.br/2014/07/poema-criado-pelo-poeta-espanhol-isidro.html

domingo, 6 de maio de 2018

Em algum lugar...




Em algum lugar, minh´alma vaga
Sozinha. Espera no descompasso
Do tempo cicatrizar a chaga
Feita com tua frieza de aço.

Tu és o dono do meu destino.
Entreguei-to na ausência da dor,
Escutando teu riso argentino
E tuas falsas juras de amor.

Onde o sentimento confessado?
Para o vazio foi transportado.
Onde o devaneio acalentado?
Parou na lembrança, abandonado.

Mardilê Friedrich Fabre
Imagem: ninna angel